Poeta Sonhador das Estrelas

Faço da vida um livro Tenho muito a escrever Como um pequeno poeta vivo Mas antes tenho de aprender a ler. As entrelinhas (estrelindas) Pairam no céu do meu viver Sigo caminhando confuso Sou um explorador de mundos Isso faz parte do meu ser. Sou um constante inconstante Um pequeno caminhante errante Erro. Tento aprender. Sem tentar Como hei de caminhar Por essa experiência Que chamo viver? Essa breve experiência Tem me ajudado a crescer Abro os olhos e percebo: Tenho tanto a aprender! Tudo passa. Tudo um dia tende a passar O momento é mero instante. Não se engane, somos todos passantes Sobretudo seres errantes Um dia seremos nós a passar. Busque o seu algo importante Mas não esqueça nenhum instante Que o que realmente é para ser No momento certo, esse será. Poeta Sonhador das Estrelas

Um dia me disseram Para não viver na imaginação Porém, nela não vivo Só em tempos busco o infinito. Não devaneio para fugir Ah, quem dera apenas isso me tirasse daqui. Devaneio para conseguir suportar Essa realidade tão cheia. Não quero ter a sanidade Num mundo onde apenas loucos Possuem a real coragem De se deixar sonhar. Para quê trocar minha coragem Por um momento de sanidade E fazer da vida uma passagem Sem nada nela mudar? É uma pena Que a humanidade Mesmo em si tão pequena Acredite o mundo governar. Fico aqui observando Quieto, esperando O momento que irá chegar. Em que os humanos Que com tudo estão acabando Percebam o real. Que a vida logo passa Que tudo se acaba E que seu resultado será o fim. Que o infinito Jamais será regido Por leis de seres tão banais. Que não medem atos nem consequências Com sua completa improficiência E no fim só querem ter a quem culpar. Poeta Sonhador das Estrelas...

Nuvens são como sonhos Vão mudando conforme o movimento Movimento este do vento Que por vezes o chamo de tempo. Observo o céu e me vem uma lembrança Uma antiga fantasia Que não a revelarei nesta nuvem branca Já está guardada na memória, pasta: Utopias. Pensamentos são minhas nuvens Em processo de condensação Ora congelando, ora fervilhando Sempre em minha mente quando Paro e fico a pensar. E quando o vento, convertido em tempo For soprando Eles não estarão se desmanchando Apenas seguindo o curso natural da vida. Que é seguir Mesmo sem saber ao certo aonde ir. Mas e quando mesmo com o rumo nas mãos Sentimo-nos perdidos em meio à imensidão? Ah, meu companheiro perdido Não fique no prejuízo Se dê um pouco de tempo Para que ele seja o vento Que organizará as nuvens em seu caminho. Seguir em frente é preciso O caminhar pode ser mais leve acreditando-se nisso. Já que o vento, assim como o tempo, não para Não vou me deixa...