Resquícios de um ferido
Como tempestade em manhã de
primavera
Fui despedaçado, mais uma vez
E o trabalho que tanto tivera
No mesmo instante se desfez.
Foi pedaço para todo canto
Em cada canto, um caco meu
Desfiz-me em riso e em pranto
E agora, eis que o caco sou eu.
Um pedacinho entre tantos outros pedaços
Que com a tempestade se perdeu
Sei que com o tempo me refaço
Só que o tempo não cura o que já
doeu.
Sigo com o sorriso no rosto
Mesmo com cicatrizes no peito
Porque sonhar ainda não paga
imposto
E amar nunca será um defeito.
Poeta Sonhador das Estrelas
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