Delírios aleatórios de uma existência caótica

E eu...
Eu estou aqui. Ora controlando aos trancos e barrancos a minha maluquez, ora forjando uma lucidez exageradamente forçada, e na corda banda da existência, tentando não ficar completamente maluco beleza. Mas chegando a conclusão, depois de tanto me fragmentar, me perder, de que isso é algo extremamente difícil, senão impossível, tendo em vista a própria loucura que é a vida.
Eu ainda estou aqui...
Catando de pouquinho em pouquinho os resquícios de mim que jazem espalhados por aí pelos cantos, becos e vielas do meu próprio eu e do vazio que tomou conta de mim e que se fundiu a minha própria essência inquieta e incompleta que anseia desesperadamente pelo não sei o quê que tem sua abstração tão concreta.
Eu estou aqui...
Afogando no nada. Sufocando pelo tudo. Enquanto o tudo é também o nada e esse nada é tão cheio de tudo. Mas que se esvai tão rápida e delicadamente quanto um fio de fumaça.
E no fim eu continuo aqui. Dando voltas e mais voltas nesse ciclo eterno de tormento do qual sou refém.
Sempre aqui...
Até não se sabe quando. 

Poeta Sonhador das Estrelas

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