Reminiscência de um vazio


Quando o silêncio tomar minha voz
E o medo tentar me paralisar
Que a poesia não me abandone
Porque posso até viver sem nome
Mas não conseguiria viver sem versar.

Quando o desespero se fizer presente
E o caos me sufocar
Espero que possa ser meu ar puro
Meu aconchego seguro
Em que eu possa ancorar.

Quando tudo em volta for tormento
E a minha alma estiver sangrando
Peço, seja apenas presença
Porque é de muita ausência
Que meu ser vive transbordando.

Quando minha velha amiga
Com suas vestes escuras vir à minha casa
Não a expulse, nem a maltrate
Porque ninguém além dela sabe
O quanto é esperada.

Se porventura, ela quiser junto de si
A minha humilde companhia
Deixe. Só jogue amor e não se entristeça
Sobre a terra para que cresça
Mais uma vez poesia...

Poeta Sonhador das Estrelas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As borboletas morreram?

Através da Janela do Ônibus

Aos Anjos