Risco poético

Palavras
Aprisionadas no peito
Do pobre sujeito
Refém do seu eu.

Silêncio transborda
O deixando calado
E cada vez mais enclausurado
Em um mundo que é só seu.

Intrigante sujeito poeta
Talvez só tenha medo
Do que guarda em segredo:
Ficar desarmado.

Pois se começa, ah... logo perde o controle
E sua poesia vai fluindo
Como uma aquarela colorindo
Esse mundo tão desbotado.

Poeta de alma, prisioneiro de si
Sabe que escrever é despir a alma
Por isso prende tanto a palavra
Que em seu peito anseia por fugir.

Assim vai construindo suas próprias amarras
Ora pouco despido, ora com armadura
E já sem aguentar tanta tortura
A poesia grita alto: Me deixa sair!

Poeta Sonhador das Estrelas

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