Delírios no escuro

E hoje está doendo menos. Menos que ontem e bem menos que anteontem. E por mais que ainda doa, sei que amanhã doerá menos que hoje, depois de amanhã menos ainda e assim por diante.
E é isso que muitas vezes ajuda a seguir: saber que o tempo diminuirá a intensidade da dor até que ela chegue ao ponto de não ser sentida ou apenas não ser tão doída.
Ao contrário do que muitos dizem, eu não acredito que o tempo haja como um remédio ou ainda seja capaz de “curar tudo”. Não.
E perdão pela palavra, mas o tempo não cura porra nenhuma.
Ele não é remédio, é só o tempo.
O que acredito é que o tempo passa. E em sua passagem, como faz parte de sua natureza, ele sempre leva algo consigo.
E assim como pode levar coisas boas como felicidades e sonhos ele também pode levar coisas ruins como a dor.
E é essa espécie de esperança que tem me ajudado a seguir.
Esperança de que o tempo passe e que leve consigo a dor que faz morada em meu peito.


Poeta Sonhador das Estrelas

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