Fragmentado
E eu estou tão cansado novamente...
No sentido mais amplo da palavra e em sua maior extensão. Um cansaço que se alastra tão feroz e rapidamente e que vai aos poucos corroendo todos os cantos até chegar ao centro do meu ser e fragilizando todas as partículas já desgastadas pela rotina fatídica além de abalar as estruturas que outrora me sustentavam firmemente, mas que agora...
Estou tão cansado novamente que o sentido outrora criado para possibilitar a suportabilidade dessa existência tão caótica por si mesma tem se perdido, esvaído junto com o vento. O mesmo vento do furacão que abalou minhas estruturas já abaladas e me levou para longe de mim e do que pensava que eu pudesse ser. Um vendaval tão intenso que já não sei exatamente onde estou. Se é que posso dizer que ainda estou.
Estou tão cansado novamente...
Só que bem mais cansado que todas as outras vezes, pois o cansaço se fundiu a minha própria essência e tem me feito acreditar que não existe mais nada além dele e que se acostumar é o que me resta a fazer, me levando, com isso, a seguir arrastando minha existência fatídica, caótica e cansada de tudo isso por aí a esmo até quando der para suportar.
E eu estou tão cansado.
Cansado de me sentir cansado. Cansado de me sentir culpado por estar cansado. Cansado de tudo.
E como uma sombra negra a melancolia me envolve, venda meus olhos e tapa-me os ouvidos, absorvendo gradativamente toda a luz e me dizendo que sua escuridão é o melhor lugar, enquanto meu cansaço apenas concorda e se deixa ser absorvido por sua sombra. A princípio eu até lutava, mas a melancolia com sua voz doce passou a me abraçar tão carinhosamente que me deixei ser envolvido por seus braços. E é esse o perigo. Ela te abraça, faz você se sentir confortável com isso, mas depois não lhe solta mais, lhe faz refém, se alimenta da sua resistência e acaba lhe transformando em um ser fragmentado e passivo.
O mundo é um caos. Eu sou um caos. E assim todos seguem como reféns. Travando suas guerras internas. Guardando os ferimentos e cicatrizes de suas lutas diárias. Carregando o peso de tudo isso. Vivendo suas vidas tão cansadas.
E eu sigo assim, tão cansado novamente...
Poeta Sonhador das Estrelas
No sentido mais amplo da palavra e em sua maior extensão. Um cansaço que se alastra tão feroz e rapidamente e que vai aos poucos corroendo todos os cantos até chegar ao centro do meu ser e fragilizando todas as partículas já desgastadas pela rotina fatídica além de abalar as estruturas que outrora me sustentavam firmemente, mas que agora...
Estou tão cansado novamente que o sentido outrora criado para possibilitar a suportabilidade dessa existência tão caótica por si mesma tem se perdido, esvaído junto com o vento. O mesmo vento do furacão que abalou minhas estruturas já abaladas e me levou para longe de mim e do que pensava que eu pudesse ser. Um vendaval tão intenso que já não sei exatamente onde estou. Se é que posso dizer que ainda estou.
Estou tão cansado novamente...
Só que bem mais cansado que todas as outras vezes, pois o cansaço se fundiu a minha própria essência e tem me feito acreditar que não existe mais nada além dele e que se acostumar é o que me resta a fazer, me levando, com isso, a seguir arrastando minha existência fatídica, caótica e cansada de tudo isso por aí a esmo até quando der para suportar.
E eu estou tão cansado.
Cansado de me sentir cansado. Cansado de me sentir culpado por estar cansado. Cansado de tudo.
E como uma sombra negra a melancolia me envolve, venda meus olhos e tapa-me os ouvidos, absorvendo gradativamente toda a luz e me dizendo que sua escuridão é o melhor lugar, enquanto meu cansaço apenas concorda e se deixa ser absorvido por sua sombra. A princípio eu até lutava, mas a melancolia com sua voz doce passou a me abraçar tão carinhosamente que me deixei ser envolvido por seus braços. E é esse o perigo. Ela te abraça, faz você se sentir confortável com isso, mas depois não lhe solta mais, lhe faz refém, se alimenta da sua resistência e acaba lhe transformando em um ser fragmentado e passivo.
O mundo é um caos. Eu sou um caos. E assim todos seguem como reféns. Travando suas guerras internas. Guardando os ferimentos e cicatrizes de suas lutas diárias. Carregando o peso de tudo isso. Vivendo suas vidas tão cansadas.
E eu sigo assim, tão cansado novamente...
Poeta Sonhador das Estrelas
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